este corpo
acanhado habitáculo
de uma cornucópia sentimental
definha ao sabor
das estrelas que vão surgindo
no horizonte decepado
vêm ossos vão barcos
em auto-estradas nocturnas
até que o vento
irrompa nórdico sobre
a planície do texto
a terra e o mar
confundem-se numa frase
conjuntiva à espera
do tempo de semear
frutos proibidos