gosto das manhãs de domingo vazias, apenas vizinha das mulheres e homens mais velhos dos prédios envolventes que não sabem o que fazer da cama depois de acordarem com a luz do dia. é este mundo de silêncio e tabaco, de jornais e cafés, desconectado da aldeia-global-afinal-metrópole, a cheirar a bairro que me deixa tempo para abrir o moleskine-à-vila-matas e escrever como dantes, sem rumo nem história, ao sabor da pelikan que insite no seu atrito com a folha, como a pedra de cabral de melo neto. é oração que faço ritual de uma religião acabadinha de inventar.
não quero fazer de conta que estou muito à la page; não quero andar distraída com o joio dominante.
voltarei a usar relógio de ponteiros.
quem vier que abra outras portas.